Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam (Lc 8,1-3).
As mulheres sempre estiveram presentes no ministério de Jesus. Mesmo com toda a força da cultura judaica, Jesus as acolhia plenamente. São muito atuantes em toda história da Salvação. Em Maria, Jesus abre as portas para que cada mulher independente da cultura se torna-se bem-aventurada. A sensibilidade de Jesus para com as mulheres revela o rosto de um Deus que se compara com uma mãe: "Pode uma mãe que ainda amamenta se esquecer do filho do seu ventre? Porém mesmo que essa mãe venha se esquecer do filho, Eu todavia não me esquecerei de ti" Is 49,15 . Tal sensibilidade de Jesus expressava o amor materno de Deus e era tanto que ele consegue sentir em meio a multidão que alguém o toca de forma especial: uma mulher que há 12 anos sofria de um fluxo desordenado de sangue (Mc 5,25-34). Maria Madalena vai ao seu encontro e recebe uma nova chance. Posteriormente, ela se torna discípula, pois extraordinária é a sua misericórdia que a acolhe eficazmente. São as mulheres que vão ao túmulo de Jesus logo pela manhã (Mc 16,1-8). Outras mulheres também são alcançadas pelo amor misericordioso de Jesus: a sogra de Simão que estava de cama com febre (Mc 1, 30). a filha de Jairo, que Jesus faz voltar à vida, dirigindo-se a ela com ternura: Menina, eu te mando, levanta-te! (Mc 5, 41). a viúva de Naim, para quem Jesus faz voltar à vida o filho único, fazendo acompanhar o seu gesto de uma expressão de terna piedade: compadeceu-se dela e disse-lhe: "Não chores" » (Lc 7, 13). A Cananéia, uma mulher que merece da parte de Cristo palavras de especial estima pela sua fé, sua humildade e pela grandeza de espírito, de que só um coração de mãe é capaz: ó Mulher, é grande a tua fé! Faça-se como desejas (Mt 15, 28). A mulher cananéia pedia a cura de sua filha.A mulher pecadora que quebra o vaso de alabastro aos pés do Senhor em atitude de consagração (Mc 14, 3-9). Sem esquecermos da Samaritana, como Jesus se revela como a fonte de água viva em um diálogo bem detalhado (Jo 4, 10-26).
Voltemos então ao Evangelho acima que relata como as mulheres estavam vivas e atuantes no ministério de Jesus. Vinham de todas as classes sociais. Joana era esposa de um procurador de Herodes. Mulheres bem-sucedidas que colaboravam com o ministério de Jesus. Mulheres que davam ao Senhor não só suas vidas, mas colaboram de acordo com suas posses, sem esquecermos da oferta da viúva (Lc 12,41-44). No final deste evangelho o Evangelista relata: outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam. Participavam ativamente na Providência dos discípulos, pois, certamente, as mulheres teriam mais sensibilidade diante das necessidades humanas.
Não esqueçamos que a promessa no Proto-Evangelho é dado a Eva, revelando que pela mulher, satanás seria esmagado (Gn 3,15).
Cito aqui um trecho da Carta Apostólica MURIELIS DIGNITATEM do Beato João Paulo II sobre a dignidade e vocação da mulher no art. 30:
Se a dignidade da mulher testemunha o amor que ela recebe para, por sua vez, amar, o paradigma bíblico da « mulher » parece desvelar também qual seja a verdadeira ordem do amor que constitui a vocação da mesma mulher. Trata-se aqui da vocação no seu significado fundamental, pode-se dizer universal, que depois se concretiza e se exprime nas múltiplas « vocações » da mulher na Igreja e no mundo.
Mulheres, assumam sua vocação. Vocês são fortes em Deus. A Bem-aventurança dada a Nossa Senhora continua na história de cada uma que acolhe Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
Emanuel Machado
Perfeito!
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