sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A lição da pipoca






Todos nós conhecemos, mas, muitas vezes não nos damos conta do processo pelo qual a pipoca passa para que tenha a aparência que tanto gostamos. Pois é, a pipoca em sua forma original possui casca dura, não é macia, não é saborosa e não exala aquele cheiro que tão bem conhecemos.

Em sua pequenez, a pipoca nem imagina que em breve, muito breve, algo novo vai acontecer; sem perceber, o processo se inicia:. ela é colocada no recipiente; então o calor começa e ela nem imagina o quanto vai ficar mais forte.... e forte... e a sensação é de calor intenso, muito sofrimento; o óleo quente ou manteiga aumentando o potencial de calor... e no desespero da pequena pipoca ela nem imagina o que está por vir. Então, deseja que tudo acabe, que o fogo apague, que o calor passe e tudo continue como antes; mas o que ela não imagina é que para que ela possa se transformar em algo diferente, com aquele aspecto alegre, saboroso e para que ela seja maior do que é, ela precisa passar por todo esse doloroso processo, algo que ela até então desconhece!
Assim somos nós: pequenos, casca dura, fechados em nosso mundo. Por isso temos dificuldade em ver além. Para isso Deus vem nos refinar pelo fogo; ele nos coloca nos lugares (recipientes) onde há a provação, os sofrimentos, a tentação, a decepção, enfim, ele nos leva a abandonar as cascas antigas e abrir os olhos para plenitude, surgindo pessoas maiores e mais dignas dEle. 
Podemos associar também àquelas pessoas que Deus faz de tudo pra que sejam abrasadas pelo fogo, mas mesmo com o tocar do Espírito através do calor, essas pessoas insistem em continuar com a capa velha, grossa, sem se importar com o calor da presença de Deus e sim preocupadas com suas mágoas, decepções, traumas e perdem a oportunidade de se abrir para mudança, por isso continuam pequenas e com aspecto triste.
Entre algumas causas da dificuldade em algumas "pipocas" não estarem se abrindo pode ser o medo, a teimosia, a insistência em continuar sendo quem são, ou até mesmo porque não conseguiram superar o “fogo da provação, das lutas e da própria cruz. Não superaram os medos, as mágoas, os traumas, por isso não podem se tornar “pipocas agradáveis”. Tudo o que atrapalha o processo de transformação não foi deixado de lado. 
Contudo, devemos tomar por exemplo as Pipocas que se deixam "REFINAR" pelo fogo e ao passar por esse doloroso processo se transforma em algo que jamais acreditavam que podiam se transformar. O sofrimento faz parte do processo humano. A igreja nos ensina que ele se torna caminho de conversão. Deixe-se ser abrasado pelo fogo que restaura, o fogo do Espírito Santo. Reflita, perceba onde o sofrimento pode te ajudar a se tornar alguém melhor. Ore, confie, espere e creia!

Portanto... sejam REFINADOS PELO FOGO!

(Emanuel Machado)


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Chamados a testemunhar o Evangelho





Em nossos dias, anunciar e testemunhar o Evangelho exige de nós coragem e ousadia. Os primeiros cristãos foram testemunhas oculares daqueles que deram continuidade ao Evangelho de Jesus Cristo não apenas com palavras, mas deixando suas marcas nas catacumbas, dando prova de fidelidade à Deus.

Há desafio em nossos dias, e é preciso um anuncio autêntico traduzido em ações. Um Anúncio sem testemunhos não pode trazer conversões. Na ocasião em que o Papa emérito Bento XVI recebeu o novo Patriarca da Babilônia dos Caldeus, Sua Beatitude Louis Raphael I Sako, o então Cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, citou as duas cartas que Bento XVI dirigiu a ele e ao novo Patriarca. Em ambas, o Papa "menciona a graça do martírio, não apenas como um dom precioso do passado, mas também como dimensão permanente da autenticidade cristã".
Hoje, dia do martírio de João Batista, transcrevo um trecho da leitura patrística das Homilias de São Beda Venerável, presbítero (Sec. VIII)

Não há que duvidar, se São João suportou o cárcere e as cadeias, foi por nosso Redentor, de quem dera testemunho como percursor. Também por ele deu a vida. O perseguidor não lhe disse que negasse a Cristo, mas que calasse a verdade. No entanto morreu por Cristo. Porque Cristo mesmo disse: Eu sou a verdade (Jo 14,6); Por conseguinte, morreu Cristo, já que derramou o sangue pela verdade. Antes, quando nasceu, pregou e batizou, dava testemunho de quem iria nascer, pregar, ser batizado. Também apontou para aquele que iria sofrer, sofrendo primeiro.
Um homem de tanto valor terminou a vida terrena pela efusão do sangue, depois do longo sofrimento da prisão. Aquele que proclama o Evangelho da liberdade, da paz celeste, foi lançado por ímpios às cadeias; foi fechado na escuridão dos cárceres quem veio dar testemunho da luz e por esta mesma luz, que é Cristo, tinha merecido ser chamado de lâmpada ardente e luminosa. Foi batizado no próprio sangue aquele a quem tinha sido dado batizar o Redentor do mundo, ouvir sobre ele a voz do Pai, ver descer a graça do Espírito Santo. Contudo, para quem tinha conhecimento de que seria recompensado pelas alegrias perpétuas não era insuportável sofrer tais tormentos pela verdade, mas pelo contrário, fácil e desejável.
Considerava desejável aceitar a morte, impossível de evitar a força da natureza, junto com a palma da vida perene, por ter confessado o nome de Cristo. Assim disse bem o Apóstolo: Porque vos foi dado por Cristo não apenas por crer nele, mas ainda sofrer por ele (Fl 1,29). Diz ser dom de Cristo que os eleitos sofram por ele, conforme diz também: Os sofrimentos desta vida não se comparam à futura glória que se revelerá em nós (Rm 8,18)

Vivemos ainda hoje estas perseguições. Cada vez mais as leis civis tentam limitar o Evangelho ou "adptá-lo" à cultura, ou as mudanças morais que vem acontecendo. Mas, o próprio Jesus deixou claro: "Se perseguiram-me, perseguirão também a vós" (Jo 15,20). É uma nota característica e perene da Igreja de Cristo: ela é Igreja de Mártires. Se queremos ser cristãos autênticos, precisamos a todo instante dar testemunho da verdade, pelo qual o Mártir São João Batista deu. Não podemos nos calar diante das artimanhas de satanás contra a família, contra a vida e contra os valores bíblicos. O Apóstolo Paulo nos ensina: "Não vos conformeis com este mundo (Rm 12,2a). Eis aqui o nosso desafio. Não tomarmos a forma do mundo, mas viver plenamente na verdade que é Jesus Cristo!

(Emanuel Machado)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Precisamos viver o Evangelho "sem máscaras"



Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vós deveríeis praticar isto, sem contudo deixar aquilo.


Guias cegos! Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo. Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós limpais o copo e o prato por fora, mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça. Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo (Mt 23, 23-26).


A prática do Evangelho deve ser uma atitude sincera diante de Deus e das pessoas. Não basta "cumprir a lei". Muitos estão vivendo de aparência na Igreja. Estão assíduas, pagam o dízimo, se consagram, mas não exercem esses três aspectos: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. 

Vou comentar estes três aspectos:
A justiça de Deus se manifesta na verdade. Ele exerce a sua justiça baseado na sua palavra, uma vez que "se formos infiéis... ele continua fiel, e não pode desdizer-se" II Tm 2,13. Portanto o convite à justiça é o apelo de Jesus a abandonarmos as mentiras, as aparências, os "saltos altos". Muitas pessoas mostram uma aparência de santidade na Igreja porque estão à frente de um ministério, mas têm uma vida mundana de pecado, de mentira. Amado irmão, Satanás é o pai da mentira (Jo 8,44). Que o teu sim seja sim, que o seu não seja não, o que vem além disso é do maligno (Mt 5,37). Não podemos viver na mentira; precisamos assumir nossos erros, sem hipocrisia. Já que pertencemos ao Senhor, temos que viver de acordo com a sua palavra. Quem vive na mentira, receberá a justiça de Deus que se baseia na verdade.

O outro aspecto é a misericórdia. Entre tantas definições sobre esta palavra, costumo dizer que: A misericórdia é sempre uma nova oportunidade que o Senhor nos dá para recomeçar. Exercer a misericórdia é exercer o amor de Deus que se revela em nós nos dando sempre uma nova chance. E quantas vezes esquecemos que a sua misericórdia nos levará ao céu, desde que acolhamos verdadeiramente ouvindo o apelo de Jesus: vai e não tornes a pecar (Jo 8,11). 

A fidelidade é o maior desafio. Ao assumirmos um compromisso, o Senhor sempre espera uma resposta sincera. Aqui se revelará o nosso caráter diante do que aprendemos da sua palavra. Precisamos viver esta fidelidade que se revela em nosso testemunho. Quantos que se dizem cristãos, e a sua maneira de viver é contrário à vontade de Deus. Basta olhar ao nosso redor. A igreja nos ensina que o Cristão é aquele que se reveste de Cristo. Façamos então uma reflexão: Como está a nossa caminhada? Estamos vivendo apenas aparências enganando os nossos irmãos, vivendo na mentira, comungando a nossa própria condenação? 

Vem Espírito Santo e nos ensina a viver a justiça, a misericórdia e a fidelidade!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Guias cegos

O Evangelho de Mt 23, 13-22

Naquele tempo, disse Jesus: “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós porém não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam. Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós.
Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo Templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do Templo, então vale!’ Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’
Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. E quem jura pelo Templo, jura por ele e por Deus que habita no Templo. E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado”.

Guias cegos! Assim Jesus chamava os mestres da Lei e os fariseus hipócritas, pois eles se submetiam a tantas regras, mas esqueciam do essencial: o Amor. O Apóstolo Paulo nos ensina que a "letra mata, mas o Espírito vivifica" (II Cor 3,6). As vezes somos limitados por tantas regras humanas que terminamos nos esvaziando do amor de Deus e por consequência, nos distanciando da sua presença. Precisamos entender que não existe mais o véu do templo. Temos livre acesso a Deus por meio de Jesus Cristo e precisamos testemunhar esta verdade. É o Espírito Santo que dá sentido à nossa vida.
Exercer um cargo, liderança na Igreja requer uma vida de oração e testemunho. Não se limita à observância das "regras", mas vivê-las por amor a Cristo e ao próximo. Na verdade, as regras não foram feitas para nos sufocar, mas para dar sentido à nossa caminhada a fim de que não andemos segundo à nossa própria forma de pensar, e sim segundo o coração de Deus. Não podemos dar um valor às coisas superficiais, acessórias, pois tudo isso vai passar. A você sacerdote, consagrado, leigo, a você que exerce algum serviço na igreja, reflita! Somente o nosso testemunho pode impactar a vida das pessoas. O Evangelho não se traduz em versículos decorados da bíblia, mas em nossa maneira de viver e de agir diante do mundo, uma vez que dizemos pertencer a Jesus.
 Emanuel Machado

domingo, 25 de agosto de 2013

A porta estreita




Alguém do meio da multidão pergunta: Senhor, são poucos os que se salvam? (Lc 13,23)

A multidão estava sempre em volta de Jesus buscando as curas, as libertações, sem, no entanto comprometer-se com o Reino de Deus.
A porta estreita é o desafio da cruz. Infelizmente hoje, muitos estão brincando de ser cristãos. São tantos os que estão na Igreja se comprometendo com muitos trabalhos, porém, distantes de uma vida autêntica e coerente com o Evangelho. Outros, porém, buscando apenas bênçãos materiais. A porta estreita representa a cruz que poucos têm a coragem de assumir. São Luis Maria Monfort diz que é tão pequeno este número que se soubéssemos ficaríamos pasmados de dor. Ao falar da cruz, Jesus nos convida à renúncia de nós mesmos. Portanto, um dos desafios ao passar pela porta estreita é a de vencer os obstáculos contra nossa santidade. Não adianta estar em algum movimento, pastoral, comunidade se não assumirmos a identidade de Cristo. Reflita um pouco! Tome cuidado com as escolhas, pois colheremos o que plantaremos: Não vos enganeis, de Deus não se zomba, pois tudo o que o homem semear, isto também ceifará" (Gl 6,7). Entre pela porta estreita! Nela os vícios, as mentiras, os adultérios, não podem passar. Abrace a cruz e assuma a sua vitória na ressurreição de Cristo!


(Emanuel Machado)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Ana Paula Valadão prega usando a Sagrada Tradição e a Patrística

Aos que duvidam da sagrada Tradição, segue uma reflexão.
Os Apóstolos ensinaram  o respeito e a necessidade da Sagrada Tradição e do Magistério legitimamente constituido. João nas duas últimas epístolas diz que não quis confiar tudo por escrito, mas havia outras coisas que comunicaria à viva voz (II Jo 12; III Jo,14). São paulo, nos fala da necessidade de uma tradição e um magistério vivo:  "Estais firmes, irmãos e conservai as tradições que aprendestes ou de viva voz (II Ts 2,15); "Que vos aparteis de todos os que andam em desordens e não segundo a tradição que receberam de nós (II Ts 3,6); "O que ouvistes de mim por muitas testemunhas, ensina-o a homens a fim de que se tornem idôneos para ensinar outros" (II Tm 2,2). A igreja fundada por Jesus Cristo, portanto, seria ela a "coluna e o firmamento da verdade" (I Tm 15)
Os primeiros padres (Patrística) da Igreja acolhem plenamente essas verdades de fé deixadas como herança pelos Apóstolos. São os "grandes" homens (aproximadamente do século II ao século VII) que foram no oriente e no Ocidente como que "Pais" da Igreja, pois firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentando muitas heresias e reafirmando a doutrina ensinada pelos Apóstolos. 
Ana paula valadão vai citar Policarpo de Esmirna que foi discípulo do Apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros Apóstolos que conviveram com Jesus. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado pra ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio Apóstolo João, o Evangelista.
Nós católicos temos muitas armas que não usamos por falta de uma busca sincera de conhecimento a cerca da nossa Igreja. 



(Emanuel Machado)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

QUEM É A VERDADE...



Diante de tantas buscas para encontrar-se consigo mesmo, o homem desde sempre procurou encontrar a verdade. Para a filosofia, a busca pela verdade passa a ser constante e não se revela por aquilo que é, mas pelo que está oculto, não permitindo que esta verdade esteja “aprisionada” em nenhuma corrente dogmática, cientifica, política, etc...

A luta incansável do homem é pela sua realização pessoal que se confronta com as verdades admitidas e às vezes construídas por ele mesmo.
Não quero aqui apresentar o que ou qual é a verdade ou expressar opiniões filosóficas, mas apresentar quem é a verdade. Jesus é a verdade, e nele encerra a nossa busca, que muitas vezes vai desenfreada e nos trazendo respostas vazias, quando não vemos nele a plena verdade. Em Jesus não há relativização da verdade, e a moral permanece inalterada. Estou, portanto pronto para defender a Verdade que é Jesus Cristo, livre de falsas ideologias ou vãs filosofias, que descontrói o caráter essencial da família e dos bons costumes.
Pela verdade que é Jesus e que nos tornas livres, estou pronto para defender a família (homem, mulher e filhos), a vida, a Palavra de Deus e a Igreja. Espero colaborar com você.


(Emanuel Machado)

O que é a benção Urbi et Orbi?

A expressão latina “Urbi et Orbi” significa “à cidade [de Roma] e ao mundo”. Esse é o nome dado à bênção pronunciada pelo Papa na saca...