Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele mesmo declara, que viram-no e não quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 6,3) e olharam para aquele que transpassaram (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira vinda o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor de sua glória. Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação.
Guarda, pois, a Palavra de Deus, porque são felizes os que a guardam; guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntima da tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e tua alma se deleitará na fartura. (Dos sermões de São Bernardo, Abade).
Este é o nosso desafio: acolher Jesus diariamente. Celebrando o Natal do Senhor, somos convidados a uma vida plena de Comunhão com Ele, a fim de que estejamos vigilantes aguardando a última vinda de Jesus. Natal não se traduz em roupas novas, ceias, vinhos, foguetes...Natal é um convite a nos alegramos por Jesus que nasceu e que traz esperança, pois a sua encarnação nos trouxe vida plena!
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