sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Quatro passos para um anúncio autêntico




E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles    ficarão curados (Mc 16,15-18).


Se queremos de fato exercer o nosso discipulado e também o chamado missionário do qual a Igreja nos convoca, precisamos assumir com seriedade as Palavras de Jesus. Levar o IDE a sério. Vejamos aqui quatro passos importantes para um anúncio autêntico:

1. Experiência com o Senhor pela oração - É necessário portanto, sair da euforia, da superficialidade e entrar em uma intimidade profunda com o Senhor pela oração e por uma busca constante da santidade. Sem isso é impossível realizarmos o chamado de Deus. 
2. Disponibilidade - Quando o Senhor Jesus diz Ide, ele está dando uma ordem. Não está pedindo um favor, não está perguntando como está o nosso tempo. Se não há disponibilidade, não pode haver missão. E alguém pode ser perguntar: Como como exercer a missão se trabalho e estudo e quase não tenho tempo? Respondo dizendo algo que venho escrevendo: "A melhor tradução do Evangelho é o nosso testemunho". A disponibilidade é interior. É Disposição para realizar a vontade de Deus, sem barreiras. É possível exercer a Missão em qualquer estágio corriqueiro da nossa vida. Se o nosso SIM for autêntico e a disponibilidade para testemunhar foi uma luta diária, teremos um resultado positivo na Evangelização.
3. Ousadia - É necessária a ousadia na Evangelização. É preciso ter autoridade espiritual. Um missionário dever ter a docilidade do Espírito Santo para compreender a necessidade do povo e assim na "ousadia" ir além das limitações humanas. Um Evangelho impactante, que se manifeste por meio dos sinais. O Papa Francisco na Missa de Envio da JMJ nos exortava a não ter medo, dizia ele: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês! Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. 
4. Sinais - "Os milagres acompanharão os que crerem". Um Anúncio autêntico se manifesta com sinais. Quando o Evangelho é anunciado e encontra fé do povo, os sinais se manifestam de forma clara. Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não volvem sem ter regado a terra, sem a ter fecundado, e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece à palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão (Is 55,10-11). Devemos pela ousadia orar para que as pessoas sejam curadas. Jesus veio para derrubar todas as barreiras físicas ou espirituais.
É preciso assumir o Evangelho de Jesus que cura, que liberta, que restaura. Devemos trazer a esperança e anunciar as promessas de Deus que são eternas. Jesus Cristo é o mesmo ontem e sempre (Hb 13,8). Se você quer assumir sua missão de forma autêntica, tome esta palavra não como uma alegoria, mas como verdade plena em sua vida!
Rezemos juntos:
Ó Deus, sustenta os operários que tu chamastes para tua vinha. Sustenta os teus sacerdotes, os teus consagrados e a tua Igreja. Desperta Senhor os que tu chamastes para viver um Evangelho com sinais e prodígios e sinais. Tu sabes o quanto teu povo necessita. Portanto, usa-nos como canais da tua graça e do teu poder em nome de Jesus. Amém!


Emanuel Machado

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Livres em nome de Jesus


Quando o espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos, à procura de repouso; não o encontrando, ele diz: ‘Vou voltar para minha casa de onde saí’Quando ele chega encontra a casa varrida e arrumada.Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. E, entrando, instalam-se aí. No fim, esse homem fica em condição pior do que antes”.  (Lc 11,24-26)


A libertação é um processo que começa a partir do momento em que livremente aceitamos Jesus Cristo como Único Senhor e Salvador. Não se trata apenas de uma confissão, mas de uma busca constante de Deus através do próprio testemunho.  Tantos recebem bênçãos, vitórias e somem da Igreja. Só porque foram em uma oração de libertação, se sentiram melhores, decidem viver como se não precisassem mais de Deus. Cuidado! O demônio existe. Infelizmente, por própria artimanha de satanás, muitos teólogos dizem que os demônios na bíblia são apenas doenças psicosomáticas.

 O PAPA Francisco na última homilia na Casa de Santa Marta falou da presença das tentações do demônio nas nossas vidas e para as quais devemos estar vigilantes. Considerou também que não devemos ser ingênuos e estar sempre vigilantes às investidas do maligno. Segundo o Santo Padre, se não guardamos o bem, aparece o mal que é mais forte do que nós. Apontou o nosso caminho cristão para lutar contra as tentações e especificou que existem três critérios para discernir a presença do mal nas nossas vidas: o primeiro critério é não confundir a verdade – Jesus luta contra o diabo. O segundo critério é que quem não é com Jesus é contra Jesus – não pode haver, portanto, atitudes pela metade. E o terceiro critério é a vigilância sobre o nosso coração, porque o demônio é astuto e nunca é expulso para sempre, pois só no último dia isso acontecerá!
A Santa Igreja nos fala no Catecismo que:  Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a Deus e que, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo. A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus. "Diabolus enim et alii daemones a Deo quidem natura creati sunt boni, sed ipsi per se facti sunt mali - Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa." (§391). 
Portanto, se você recebeu uma libertação, não pare de buscar a Deus, pois ele não é DORIL...que você toma, melhora e some...Precisamos assumir que estamos em um combate espiritual intenso: guerras, fomes, pestes, ódios, vícios, libertinagens, enfermidades, tudo é obra de satanás. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares (Ef 6,12).Declare com sua alma que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador da sua vida e da sua família e faça um compromisso de fidelidade. Se revista da armadura de Deus, busque os Sacramentos e vença satanás em nome de Jesus!
                                         Emanuel Machado

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Os sete pedidos do Pai Nosso

A oração do Pai nosso nos ensinada pelo pelo próprio Jesus, não é uma simples fórmula, mas uma a oração filial confirmada pela ação do Espírito Santo cada vez que realizamos com o coração. São João Crisóstomo diz que: O Senhor nos ensina a rezar nossas orações em comum por todos os nossos irmãos. Pois não diz "meu Pai" que estás nos céus, mas "nosso" Pai, a fim de que nossa oração seja, com um só coração e uma só alma, por Todo o Corpo da Igreja.
No Evangelho o Pai-Nosso  vem em um texto breve, mas falarei aqui de Mateus que traz no Pai-nosso os 7 pedidos. Antes uma reflexão desta primeira parte.
Pai Nosso que estás no céu - Precisamos antes de tudo purificarmos a nossa mentalidade a cerca de certos pensamentos deste mundo. Pela humildade, reconheceremos que ninguém conhece o pai senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar (Mt 11,27). A purificação do coração refere-se às imagens paternas ou maternas provenientes da nossa história pessoal e cultural, que influenciam o nosso relacionamento com Deus (CIC 2779). Precisamos permitir que o Senhor cure as imagens paternas que trazemos de formas negativas. Transcender estas feridas e dores, permitir que o Senhor nos dê um coração de criança e com alma livre podemos dizer: Pai. Jesus, nos revela o Pai. portanto, podemos nEle reconhecer esta paternidade através da comunhão com seu filho.
Começando a reflexão sobre os sete pedidos:
1. Santificado seja o vosso nome - É o reconhecimento da grandeza e da vontade soberana de Deus. Pedir que seu nome seja santificado nos envolve na "decisão prévia que lhe aprouve tomar (Ef 1,9) § 2807. Este pedido é um clamor para o que o Senhor seja santificado em nosso coração. Em toda história de Salvação, o convite de Deus é para que sejamos santos e sabemos que pela sua santidade, ele santifica toda a criação. Portanto, neste primeiro pedido, nos unimos a Cristo para que a sua santidade seja manifestada em nossa vida.
2. Venha nós o vosso Reino - No Novo Testamento, o Reino é conhecido como "Basiléia" (realeza), reino ou reinado. Precisamos compreender que o Reino de Deus existe antes de nós. Este pedido é o clamor da volta de Jesus o "Marana-tha": Vem Senhor Jesus! Pedimos a volta de Jesus Cristo! É um momento de combate espiritual. São Cirilo de Jerusalém dizia: Só um coração puro pode dizer com segurança: "Venha nós o teu reino". O Reino de Deus deve ser implantado aqui e é através da nossa conversão que este se estabelece. Uma vez contemplando a eternidade, pude entender que esta dimensão deve ser construída a partir deste Reino que deve ser acolhido por nós através da nossa submissão e obediência ao Senhor.
3. Seja feita a Vossa Vontade, assim na terra como no céu - A vontade primeira do Pai é que "todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (I Tm 2,3-4). Precisamos discernir pela oração qual é a vontade de Deus.  Jesus no Getsêmani reafirma esta oração quando pede ao Pai: "Realiza a tua vontade". Esta sem dúvida, é a parte mais difícil e desafiadora. Muitas vezes queremos que Deus faça a nossa vontade, no nosso tempo e do nosso jeito, todavia,  a oração de Jesus no Getsêmani foi um ensino profundo de que mesmo quando tudo está humanamente desfavorável, precisamos nos unir ao Espírito Santo para rezar: "Seja feita a tua vontade".
4. O pão nosso de cada dia nos dai hoje - DAI-NOS: É a oração da partilha e da unidade e não da individualidade. É o Pão que nos sustenta. Aqui se encaixa as nossas necessidades humanas, o fruto do nosso trabalho. Santo Inácio de Loyola diz: Rezai como se tudo dependesse de Deus e trabalhai como se tudo dependesse de vós. Também este pão é a própria Eucaristia, alimento eficaz da nossa alma e a Palavra de Deus que nos sustenta. "Hoje" é uma expressão de confiança. "De cada dia" nos confirma a necessidade de "hoje" não no imediatismo, mas na confiança que não devemos nos preocupar com o amanhã.
5. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido - Este pedido se compõe de duas partes. Nosso pedido é voltado para o futuro, nossa resposta deve tê-lo precedido; uma palavra os liga: "Como". (CICI § 2631).   Pedir perdão é o reconhecer as nossas misérias e exaltar a misericórdia de Deus. Mas tem um detalhe: O Mar de Misericórdia não pode penetrar em nosso coração enquanto não tivermos perdoado aos que nos ofenderam. O Amor é indivisível: não podemos mara o  Deus que não vemos, se não amamos o irmão, a irmão, que vemos (I Jo 4,20) § 2840. Esta oração tem duas partes, a primeira um pedido e a outra uma condição para que esta primeira parte seja atendida. Seremos perdoados com a mesma intensidade com que perdoamos, pois "Com a mesma medida que medirdes, vós também sereis medidos" (Lc 6,38).
6. Não nos deixeis cair em tentação - Aqui se pede explicitamente o desejo de traduzir a oração em testemunho. Os desafios do dia a dia que nos fazem sucumbir diante do mundo. Portanto devemos fazer desse pedido uma decisão pessoal. Se vivemos pelo Espírito, pelo Espírito pautemos também nossa conduta (Mt 6,21.24). Não estamos pedindo que o Senhor tire os obstáculos, mas que nos livre de cair, que nos faça vencedor diante das batalhas.
7. Mas livrai-nos do mal - Aqui o pedido é uma oração de libertação, para que não venhamos a cair nas armadilhas de satanás. Só vencemos o combate do mal na oração. Neste pedido, o Mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O "diabo" ("diabolos") é aquele que "se atira" no meio do plano de Deus e de sua "obra de salvação" realizada em Cristo. (CIC § 2851). 
Portanto, façamos esta oração não como fórmula, mas como clamor sincero da nossa alma que busca reconhecer o Pai-Nosso que nos acolhe em Jesus Cristo!

(Emanuel Machado)


O que é a benção Urbi et Orbi?

A expressão latina “Urbi et Orbi” significa “à cidade [de Roma] e ao mundo”. Esse é o nome dado à bênção pronunciada pelo Papa na saca...