Naquele tempo, Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”.(Mt 13,31-32)
O Reino de Deus é a mensagem central de Jesus, pois ele veio propor uma redenção plena onde o homem livremente aceita uma transformação de mentalidade. Desde o início vemos um Deus que se revela ao homem de forma simples. Primeiramente Ele cria o “adam” que no sentido teológico não representa um homem apenas, mas significa a humanidade. Deus se relaciona com a criação. Depois chama Abrãao e o elege para ser o pai das multidões. Mais uma vez quer salvar as nações e não apenas um “punhado de pessoas”. Jesus Cristo inaugura um novo tempo aproximando o homem de uma comunhão profunda com o Pai através dele. Agora a criação exulta alegre, pois Ele veio através da implantação do Reino de Deus, regenerar o homem para uma comunhão com o Criador e com a criação. Através de Jesus a possibilidade de uma perfeição não apenas após a morte, mas através das leis que o seu Reino nos traz.
É claro que o Reino que Jesus anunciava não era algo apenas do mundo vindouro, mas diz respeito a este tempo. O Apóstolo Paulo nos ensina: O Reino de Deus não é comunidade e nem bebida, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo (Rm 14,17)
Ao contemplar esta parábola do Reino de Deus comparado ao grão de mostarda, vemos que esta semente se transforma em uma grande árvore, o que denota que o Reino de Deus construído em nós a partir de “pequenos” gestos. Muitas vezes atitudes que a sociedade descartou devido a inversão de valores tão disseminada nestes dias.
Se queremos de fato contemplar a dimensão do Reino de Deus, devemos permitir que o Espirito Santo nos dê uma nova natureza capaz de amar o próximo com intensidade e de suportar as dores do nosso calvário! A salvação é para todos!
(Emanuel Machado)