quinta-feira, 12 de junho de 2014

A exemplo de quem eu tenho andado

Tu, pelo contrário, te aplicaste a seguir-me de perto na minha doutrina, no meu modo de vida, nos meus planos, na minha fé, na minha paciência, na minha caridade, na minha constância, nas minhas perseguições, nas provações que me sobrevieram em Antioquia, em Icônio, em Listra. Que perseguições tive que sofrer! E de todas me livrou o Senhor, pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição. Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, sedutores e seduzidos. Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste. E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra ( II Tm 3,10-17).
Vivemos no mundo onde o amor é sufocado pelo ódio e pela vingança, em um tempo que para perder a vida basta não ter um real sequer no bolso na hora do assalto. É um período difícil de viver segundo os desígnios de Deus, ou seja, de acordo com a sua palavra. Na carta segunda a Timóteo o Apóstolo Paulo fala desse tempo de uma forma bem clara, ele nos revela de que forma sobreviveremos a esse tempo.
Hoje percebemos que o mundo está cheio de modinhas, pessoas que imitam outras em tudo, em seu modo de agir, pensar, falar, vestir, perdendo a sua identidade e assumindo uma ideologia apresentada pelo mundo... Homens e mulheres criam coisas “bizarras” e sem sentido algum, que nos empurram para uma vida egoísta e de devassidão, onde nem precisamos mais sair de nossas casas para ver tamanho desrespeito para com o ser humano que foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26).
O Apóstolo Paulo vem nos dizer que devemos lutar contra esse tempo difícil, sendo imitadores do Cristo Jesus em seu modo de viver, na paciência, na caridade, na fé (Ef 5,1s). Contudo, a Palavra revela para continuarmos fiéis, iremos sofrer, pois o mundo vai contra os princípios bíblicos, nos levando a paixões sedutoras. Será necessário estarmos “enraizados” em algo concreto e verdadeiro; Precisaremos estar firmes naquilo que aprendemos e cremos, pois sabemos de quem aprendemos (2Tm 3,14). Através da Palavra de Deus é que obteremos a sabedoria que nos leva a salvação; Ela é o condão que nos proporcionará o alimento divino, assim como uma criança que se alimenta pelo cordão umbilical no ventre de sua mãe. É a palavra de Deus que nos nutre e nos forma como verdadeiros santos  nos ensinando a lidar com as diversas situações e também nos corrige para sermos homens de Deus perfeitos, profetas para toda boa obra (2Tm 3,16s).
Diante de tudo isso, o apostolo Paulo ainda nos traz o conforto da nossa alma quando nos diz: “E de todas me livrou o Senhor” (2Tm 3,11b). Portanto, busquemos nesse tempo difícil mergulhar no conhecimento de Deus através da oração, e do estudo das Sagradas Escrituras.

LEANDRO CARLOS
(Discípulo e Cofundador da Comunidade Eterna Aliança)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

O Cantar no Espírito Santo

Uma razão Pneumatológica: O cantar no Espírito

Uma análise do Art. 352 ( A música Litúrgica no Brasil). Doc. 79 CNBB

A Assembléia que canta no Espírito faz ressoar um canto que é verdadeiro clamor que brota do fundo da alma, cheio de fervor, de alegria no Espírito, como diz o apóstolo (Doc 79 Art. 352 CNBB).

 O cantar no Espírito faz parte de um povo que é entusiasmado. É uma nova forma de expressar a nossa gratidão a Deus. Não são apenas súplicas e rogos, mas também um reconhecimento da grandeza de Deus. Este cantar no Espírito está integrado na realidade litúrgica do povo Deus.  Para compreendermos um pouco sobre a liturgia, observe este conceito que o catecismo nos dá: A palavra liturgia significa originalmente “obra pública”, serviço da parte de Deus em favor do povo. Na tradição Cristã ela quer dizer que o povo de Deus toma parte na obra de Deus[1].  É através da liturgia que o homem expressa seu culto de gratidão a Deus. É pela liturgia que somos entronizados em uma comunhão com o Senhor da vida.
A Igreja reconhece o cantar no Espírito também como canto litúrgico e, até relembra a manhã de Pentecostes, quando os discípulos pareciam bêbados, porque estavam cheios do Espírito Santo.                                                         
O ideal não é apenas cantar para Deus, mas cantar em Deus. Desta forma, provoca-se conversão e mudança de vida nos membros da assembléia orante, e ela se torna sinal fecundo e eficaz da graça de Deus para o mundo[2].
Como povo eleito de Deus precisamos compreender que somos integrados à família de Deus pelo batismo sacramental e, que somos despertados para uma comunhão profunda com Deus através do batismo no Espírito Santo. A verdadeira expressão de louvor é aquela que parte do fundo da nossa alma. O Papa Paulo VI declara o seguinte: Precisamos de um novo cântico nos lábios, fogo no olhar. Esse novo cântico nada mais é do que a nossa reposta a Deus através desta razão não menos litúrgica que nos leva a produzirmos frutos de santidade e conversão.
O cantar no Espírito é a verdadeira oração carismática que nos revela a grandeza e a vontade de Deus em nossa vida.
Precisamos deste novo Canto, precisamos de uma experiência nova, precisamos de Re-novação espiritual. O canto é uma das mais belas formas de expressão de louvor e de gratidão ou de festejar algo. Quem canta no Espírito, compreende que Deus opera maravilhas. Lembre-se de quantos livramentos Deus já te fez, ou de quantas angústias ele te livrou. Observe que você hoje tem a capacidade de louvar a Deus. Existem tantos motivos para você cantar: Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele operou maravilhas. Sua mão e seu braço santo lhe deram vitórias (Sl 97,1).
A Igreja reconhece esta nova forma de cantar. Infelizmente, muitos sem compreenderem, ou sem tomar conhecimento sobre o que a igreja ensina, olham para esse dom com desprezo. Muitos teólogos que olham apenas com uma visão puramente humana, grandes doutores, sacerdotes, muitos “Nicodemos” de hoje que ainda não compreenderam o “nascer de novo”.
Deus realiza hoje, o Pentecostes, da mesma forma como acontecera no início, e a as Novas Comunidades tem este compromisso com a Igreja. “Os novos movimentos e comunidades são um dom do Espírito Santo para a Igreja. Neles, os fiéis encontram a possibilidade de se formar na fé cristã, crescer e se comprometer apostolicamente até ser verdadeiros discípulos missionários.”[3]”.


[1] CIC 1069
[2] Doc 79 CNBB (A música Litúrgica no Brasil)    Art.  353
[3] Documento de Aparecida Art. 311. 

(Texto extraído do livro de Formação da Escola de Dons da Comunidade Eterna Aliança escrito por Emanuel Machado)

O que é a benção Urbi et Orbi?

A expressão latina “Urbi et Orbi” significa “à cidade [de Roma] e ao mundo”. Esse é o nome dado à bênção pronunciada pelo Papa na saca...